O Tratado de Kyoto, assinado por 180 países, em 1987, propõe que se trabalhe para a redução dos gases que provocam o efeito estufa em todo o mundo. O tratado foi assinado por países desenvolvidos que produzem 45% dos gases, principalmente da Europa, ficando de fora Estados Unidos e Rússia. A redução de gases deve ser progressiva e vai começar a partir de 2008 num período que vai até 2012.

O país signatário do Tratado que não puder ou optar por não reduzir a emissão de gases no próprio território poderá comprar créditos de carbono em países em desenvolvimento, como Índia e Brasil. Estes créditos deverão ser originários de projetos ambientais de redução de emissão de gases e transformados em toneladas de carbono.

Tudo isto, que parece tão distante, começa a fazer parte da nossa realidade após a confirmação do pagamento de 1,5 milhão de euros para a empresa Camil de Itaqui, feito pelo governo holandês, durante o Seminário Internacional do Fundo de Investimentos em Bioenergia, realizado em Porto Alegre .

Nós participamos do evento, e pudemos ficar por dentro de todo esquema de venda de créditos de carbono e as possibilidades de financiamento de projetos para redução de emissão de gases. Na verdade, o sistema projetado pelo governo holandês é o de maior rapidez e flexibilidade mas procuram projetos de grande monte e ligados a empresas privadas. De qualquer maneira, estamos buscando informações junto as empresas PTZ Bioenergy Ltda e BTG Biomass Technology Group para viabilizar algum projeto na região.

O que fica claro em tudo que pudemos estudar e verificar é que cada vez mais a questão ambiental tem um valor financeiro e econômico que poderá gerar ameaças ou oportunidades para nossa atividade. É preciso ver em que posição vamos nos enquadrar.